até que a morte os separe?



Eu amo meu marido. De manhã à noite. Mal acordo, ofereço-lhe café. Ele suspira exausto a noite sempre mal dormida e começa a barbear-se. Bato-lhe à porta três vezes, antes que o café esfrie. Ele grunhe com raiva e eu vocifero com aflição. Não quero meu esforço confundido com um líquido frio que ele tragará como me traga duas vezes por semana, especialmente no sábado.



Nélida Piñon

I love my Husband
em Os cem melhores contos brasileiros do século