das utilidades sutis



Era ser cada dia um trapaceiro cheio de artifícios e às vezes até um assassino sem cadáver nem corpo do delito, cujos únicos vestígios resultavam em apenas algo menos do que ilegíveis – páginas e páginas de uma caligrafia tão falsamente recatada que se esforçava em não dizer o que dizia. Escrever para ninguém e para nada: foi assim que aprendeu a tornar-se invisível.




Xavier Velasco

Diabo Guardião