Os momentos que antecedem o surgimento de um poema, quando ocorre a expansão da consciência e você percebe que existe um poema em algum lugar, você se prepara. Eu corro ao redor da casa, saltitando, é uma exaltação maravilhosa. É como se pudesse voar, quase, e sinto-me muito tensa antes de ter contato com a verdade – a verdade dura. Então sento-me e dou a partida.
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Acredito que sou muitas pessoas. Quando estou escrevendo um poema, sinto que sou a pessoa que deveria tê-lo escrito. Assumo com freqüência esses disfarces; eu os abordo como faria um romancista. Às vezes me torno outra pessoa, e quando isso acontece, acredito – mesmo nos momentos em que não estou escrevendo o poema – que sou essa pessoa.
Anne Sexton em entrevista a The Paris Review
Escritoras e a arte da escrita
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